Disfagia trata-se de um sintoma de diversas patologias que afetam bebês e crianças e é caracterizado pela alteração no processo da deglutição, geralmente de origem neurológica ou estrutural, que envolve a passagem do alimento da boca até o estômago, podendo gerar prejuízos pulmonares, nutricionais e sociais para a criança.

Principais patologias e grupos de risco:

– Malformações que comprometem as estruturas orofaciais (envolvidas nas funções de sugar, respirar, mastigar, falar e deglutir);
– Uso prolongado de intubação orotraqueal;
– Bebês prematuros e com uso de sonda nasoenteral;
– Distúrbios neuromotores;
– Lesões cerebrais (paralisia cereral, etc);
– Síndromes (síndrome de Down, distrofia muscular de Duchenne, etc);
– Doenças pulmonares (pneumonias, bronquite, asma) e
– Distúrbios funcionais digestivos, entre outros.

Um quadro de disfagia, dependendo do seu nível de gravidade, pode trazer sérios prejuízos às condições pulmonares e nutricionais da criança, afetando de forma significativa seu processo de crescimento e desenvolvimento, estando diretamente associada ao aumento do risco de pneumonia por aspiração, desnutrição e desidratação. Além disso, crianças que apresentam dificuldade de se alimentar tendem a evitar momentos e trocas sociais que os horários de refeição proporcionam, diminuindo assim suas possibilidades de interação.

Por isso, deve-se estar atento aos principais sinais:

– Problemas durante a amamentação (dificuldade para coordenar sucção/deglutição/respiração);
– Tosses, engasgos e/ou espirros frequentes durante ou após a refeição/amamentação;
– Engasgos com a própria saliva;
– Tempo prolongado para realizar uma refeição (em média acima de 40 minutos);
– Mudança na voz ou no choro após a alimentação;
– Pneumonias frequentes;
– Perda de peso e desidratação, etc.

O tratamento da disfagia pediátrica deve ser realizado por uma equipe multiprofissional, composta por médico, nutricionista, enfermeiro, fisioterapeuta respiratório e fonoaudiólogo. O Fonoaudiólogo, dentro da equipe citada, é o profissional habilitado para diagnosticar, classificar e realizar a intervenção terapêutica.
A alimentação é muito mais do que o ato de se nutrir, é também uma oportunidade de socialização e de partilha de momentos agradáveis entre os nossos pequenos e seus pais e familiares, isso desde a amamentação até as crianças maiores que dividem a mesa com a família. Deste modo, alterações de deglutição afetam não somente a criança, mas todos ao seu redor (família, escola, amigos). Por isso não esqueça, na presença dos sinais e sintomas de disfagia procure orientação de um profissional habilitado!

FONTE: http://www.criancaesaude.com.br/fonoaudiologia/luciara/o-que-e-disfagia/. Acesso em 14/03/2018.

 

Até breve,

Jéssica Batista

Fonoaudióloga

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