Às vezes a palavra envelhecer assusta, principalmente quando ela é sinônimo de “perdas”. Vivemos em uma época onde três fases da vida despertam cuidados: a infância, a adolescência e a “terceira idade”. Estive me perguntando… onde está a preocupação com os adultos?Talvez o leitor possa estar surpreso com minha colocação, mas percebo que há uma fase da vida que tem ficado esquecida, a fase adulta. Fase esta que compreende mais ou menos o período dos 30 aos 50 anos.
Em tese, essa é (ou deveria ser) nossa fase mais produtiva, quando estamos a alçar voos profissionais, firmando relacionamentos, criando raízes. Porém, também é a fase de maior pressão social, de maior estresse diário, o que tem desencadeado diversos problemas de saúde nos adultos de hoje.
Constantemente, ouço queixas como:
- “parece que estou sem tempo”
- “tenho tido lapsos de memória”
- “tenho me sentido cansado e às vezes parece que não dou conta de fazer tudo”
Nessa fase muitos tiveram que deixar de lado sua profissão para dedicar-se a cuidar dos filhos que chegaram, outros se decepcionaram com seu trabalho e tiveram que buscar novos caminhos, pais precisam trabalhar mais e, por isso, possuem menos tempo para o convívio familiar. Ou seja, evidencia-se uma população ativa, mas em desgaste emocional e físico.
Essas queixas estão basicamente relacionadas ao desgaste cognitivo: não consigo mais organizar-me, não consigo tomar decisões. Parece que há uma urgência em tudo!
Como, então, poderíamos nos organizar melhor nessa fase tão importante, na qual deveríamos estar vivendo mais, estressando-nos menos? Seria sendo mais proativos, porém menos ansiosos com resultados? Percebo que a ansiedade pela busca de algo que muitas vezes não sabemos ao certo o que é, tem levado muitos de nós adultos a deprimirmo-nos.
As sugestões que normalmente nos são oportunizadas são a prática de exercícios, alimentação equilibrada e prática de hobbies e atividades de lazer. Mas sabemos, no fundo, que muitas vezes não se trata disso!
Lendo algumas matérias e até mesmo autores de auto-ajuda sobre o tema, vejo que há outra possibilidade que ainda não foi explorada para essa faixa etária: a participação em grupos! Os grupos de convivência e de atividades direcionadas funcionam tão bem em outras idades, porque para nós que estamos a “envelhecer” não poderia ser?
Nessa pesquisa, deparei-me com a proposição de duas modalidades:
– Processo de Coaching para desenvolvimento pessoal, através de ferramentas reconhecidas e, onde seria possível estabelecer metas para a resolução de conflitos ou para atingir desejos;
– Grupo de trabalho com atividades cognitivas, no qual através de exercícios as funções mentais superiores fossem ativadas e haveria maior clareza na organização e resolução de conflitos, bem como organização e planejamento da vida diária.
Lendo ainda sobre essas modalidades de grupo, notei que um dos grandes benefícios relatados são as trocas que acontecem entre os participantes, que por serem de várias idades, com diferentes experiências de vida e carreiras, criam um processo de desenvolvimento e ajuda mútua.
Me animei com tal possibilidade e acredito que o leitor também possa se animar. No Evolvere estamos buscando ampliar nosso olhar para esse público oferecendo grupos como a Roda Interativa e Buscando o Foco, você já conhece nossos projetos? Permita-se a essa experiência, veja como cuidar de si mesmo pode proporcionar mudanças significativas para sua vida.
Até breve!
Fabiane Klann Baptistoti
Fonoaudióloga Clínica