De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a má alimentação junto com a inatividade física são os principais fatores de risco para o aparecimento de diversas doenças não-transmissíveis como, por exemplo, diabetes, hipertensão e dislipidemia. Estes dois fatores também podem prejudicar o sistema imunológico do indivíduo favorecendo o aparecimento de outras doenças como a gripe. 

Uma boa alimentação tem sido estimulada por governos, profissionais e agências de saúde, na tentativa de prevenir diversas doenças, sendo possível controlar e/ou reduzir muitas delas com a mudança de hábitos vida. A nutrição é considerada um aspecto importante na vida do indivíduo, pois bons hábitos alimentares com quantidades adequadas na ingestão de alimentos podem significar corpo e mente saudáveis. 

Diante da pandemia do coronavírus estão sendo comuns questionamentos sobre quais são as medidas ideais para evitar o contágio e até mesmo curar a doença causada por este vírus, a COVID-19. Neste momento é imprescindível afirmar que não há uma dieta própria para o combate específico do coronavírus. Segundo uma nota lançada pelo Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), há muitas informações sobre alimentação e saúde, mas poucas são de fontes confiáveis, pois, por se tratar de uma doença nova não existem estudos sobre alimentos específicos onde isolados, possuem efeitos benéficos contra o vírus.

 O que temos para nos basear são os alimentos que melhoram, de maneira geral, a imunidade do indivíduo. Ressaltando que a imunidade é adquirida por um longo processo onde há a prática constante de diversos hábitos saudáveis. 

Certamente, uma alimentação rica em micronutrientes, ou seja, minerais e vitaminas, se consumidos de forma habitual, podem condicionar um sistema imunológico mais eficiente, com menor risco de doenças. A hidratação também é fundamental neste momento. Além de fortalecer o sistema imunológico é necessária para a digestão e para o trato gastrointestinal conseguir adequadamente absorver e utilizar melhor os nutrientes dos alimentos.

Dentre os grupos de alimentos comprovados cientificamente por contribuírem o funcionamento do sistema imunológico vamos listar quatro:

Frutas ricas em vitamina C: laranja, limão, abacaxi e kiwi. Estas preferencialmente consumidas in-naturas ou como segunda opção, na preparação de sucos ou sobremesas. 

Alho e cebola: estes dois alimentos possuem atividade antiviral. A preferência é que sejam consumidos “mais crus” para que a ação imunomoduladora seja mais eficaz. Uma sugestão é preparar em um vidro de azeite de oliva, alho e outros temperos como alecrim ou orégano e deixar curtir por cerca de três dias. Leva a preparação para a mesa e regue sua salada, carnes os pães. 

Alimentos com antiinflamatórios naturais: gengibre, cúrcuma, própolis e alecrim. Estes podem ser consumidos como chás (infusões), temperos ou até mesmo para aromatizar sua garrafa de água, fazendo com que a hidratação fique mais fácil neste momento tão importante. 

Proteínas: seja ela de fonte animal (carne, peixe, frango, ovo) ou de fonte vegetal (feijão, lentilha, quinoa, grão de bico) sendo estas preferencialmente consumidas com cereais (arroz), pois esta mistura fornece aminoácidos de ótima qualidade.

Desta forma, pensamos que a alimentação saudável depende de uma variedade alimentar, não de supostos “milagrosos alimentos” isolados, e que deve ser adequada a cada indivíduo conforme assistência prestada pelo profissional nutricionista. Entretanto, é importante ter consciência que hábitos de higiene pessoal como a lavagem correta das mãos, o repouso adequado e o isolamento social devem estar associados para a prevenção do contágio do coronavírus e outras tantas doenças. 

Até a próxima,

Elisa de Espíndola

Nutricionista

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