Os pais desejam que seus filhos tenham boas vidas. Isso inclui bons amigos, um bom emprego, um relacionamento saudável, entre outras tantas coisas que constituem um pacotinho do que podemos chamar de felicidade. E como será que as pessoas podem alcançar o que para cada um constitui a felicidade? Como os pais podem ajudar os filhos a alcançar essa tal felicidade? Um dos aspectos fundamentais que se relacionam com a busca da felicidade é a autoestima. 

O impacto da autoestima

Mas afinal de contas o que é a autoestima? Ela pode ser explicada como a maneira que pessoas se sentem em relação a si mesmas ou ainda como o  valor que uma pessoa atribui a ela mesma e a sua existência, ou seja, como ela se sente com ela mesma. A criança começa a construir essa autoimagem logo que nasce, e ela o acompanhará pelo resto da vida. A autoestima é primordial para que qualquer pessoa alcance seus objetivos. Se seu filho tiver autoestima elevada ele poderá lutar para alcançar aquilo que considerar importante para si.

Ao mesmo tempo sabe-se que a autoestima quando existe em demasia ou quando está enfraquecida pode trazer prejuízos ao desenvolvimento de qualquer indivíduo.

A baixa autoestima

É comum que as pessoas que têm baixo autoestima se satisfaça com menos do que poderiam ter. Isso acontece em qualquer quesito da vida. É comum ouvir no consultório relatos do tipo: 

– “Ah, mas tal pessoa é muito pra mim!”; 

– “Eu não tenho capacidade para ter um emprego bom daqueles”; ou 

– “Eu vou me contentar com isso, já que é só o que eu posso ter mesmo”. 

Quando a pessoa tem a segurança de que pode alcançar mais, ela tem a tendência de buscar por tais coisas. Quando ela acha que não consegue, desiste antes mesmo de começar. O que pode levá-la a deixar de conquistar coisas importantes para si mesmo, influenciando diretamente em sua qualidade de vida.

O papel dos pais

A maneira como seu filho enxerga a ele mesmo dirá como ele vai escolher os amigos, as atividades que exerce, com quem vai se relacionar amorosamente, o trabalho e muitas outras coisas ao longo da vida. Ou seja, a maneira como ele se enxerga tem influência direta sobre todos os aspectos de sua vida. 

As crianças têm a necessidade de serem amadas e respeitadas. Isso irá influenciar diretamente na construção de sua autoestima. Ter isso cumprido é tão importante quanto questões vitais, como comer. Um influencia na saúde física, outro na saúde emocional, respectivamente. 

Por isso é fundamental que os pais tenham uma comunicação clara sobre seu amor/carinho com a criança. Elas valorizam a si mesmas, na medida em que forem valorizadas. Quando sentem que são amadas e respeitadas pelos pais, constroem um sentimento parecido por si mesmas, compreendendo que são pessoas com valor. 

Nossa sugestão

Papais e mamães, as crianças atuam como reflexo de vocês, portanto evitem frases repetitivas do tipo: menino feio, preguiçoso, etc. Essas falas atuam de maneira negativa sobre as crianças e sobre como elas se enxergam. Com o passar do tempo elas podem só se reconhecer com essas características. Ao invés disso, busquem elogiar e qualificar seus filhos. Vocês lembram de como e por quem eram elogiados enquanto criança? Isso sim faz a diferença de maneira positiva na constituição da autoestima de qualquer pessoa.

Mas também não vale sair elogiando o filho o tempo todo, ou mesmo quando ele faz algo errado. É importante que o elogio seja coerente, ou seja, seja verdadeiro. Por exemplo: meu filho alcançou um objetivo, aprendeu algo novo, fez uma gracinha, aí o elogio é bem vindo. As crianças percebem quando são elogiadas verdadeiramente e quando não. E quando o elogio não condiz com a ação delas, pode gerar uma falsa ideia em sua percepção. Ou se ela receber elogio para tudo que faz, pode também se tornar dependente da validação dos outros. É preciso que o elogio aconteça, mas no momento certo!

Como sugestão de leitura do tema indico o livro A autoestima do seu filho de Dorothy  Corkille Briggs, na qual me baseei para a escrita desse texto.

Para além disso a terapia pode ser um ótimo espaço onde você pode refletir sobre o tema, ou mesmo levar seu filho para compreender melhor o desenvolvimento da autoestima dele. Pense sobre o assunto!

Até mais,

Tamara do Nascimento

Psicóloga 

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