A primeira forma de comunicação de uma criança é o seu choro. Quando nascemos, nosso choro não é especializado, ele se especializa e diferencia ao longo do tempo, tornando cada vez mais clara a diferença entre um choro de fome e um choro de sono, por exemplo.

Entre 0 e 6 meses a criança apresenta-se sensível à sons de alta intensidade e se assusta facilmente. Por volta dos 4 meses de idade surgem as emissões de vogais prolongadas e pequenos “gritinhos” contextualizados, em resposta à interação com adultos e começa a procurar a fonte sonora (quem/onde está o barulho). Além disso, o bebê deve apresentar alguma reação ao ser chamado pelo nome e manter contato visual com o interlocutor.

Ainda nessa fase, o que mais acalma a criança é a voz da sua mãe e o contato com ela. Iniciam as gargalhadas mais intensas e sorrisos ao observar faces ou quando um adulto conversa com ela.

A partir do sexto mês de vida, o bebê começa a “brincar” mais com os seus órgãos fonoarticulatórios (lábios, língua e bochechas) e especializa o seu balbucio, isto é, além das vogais prolongadas começam a surgir combinações de consoante-vogal, como “bababa”, que não precisam ter significado nesse momento.

Normalmente, próximo aos 12 meses a criança inicia a emissão de suas primeiras palavras. Vale lembrar que as primeiras palavras não apresentam todos os sons, mas devem possuir significado, por exemplo: emitir “mama” quando quer chamar sua mãe ou “bó” cada vez que vê uma bola.

Assim como a emissão evolui, a compreensão verbal também deve amadurecer. Nessa faixa etária a criança já deve reconhecer pessoas próximas e olhar para elas quando ouvir seus nomes, porque já é capaz de localizar a fonte sonora. Também deve compreender ordens simples como “dá para a mamãe” e expressões faciais, sendo capaz de diferenciar quando alguém está bravo ou feliz.

Na próxima semana falaremos sobre a faixa etária de 12-24 meses. Até breve!desenvolvimento-linguagem

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