No texto de hoje vamos explorar os métodos de alfabetização, dando continuidade com o tema do meu último texto aqui no blog, que foi sobre a diferença entre alfabetização e letramento.

Dentro do processo de alfabetização, temos diferentes métodos para o ensino e estes são classificados em sintéticos e analíticos. Os métodos sintéticos são os que vão das partes para o todo, começando com as unidades sonoras ou gráficas Fonema e Letra, que representam respectivamente sons (fala) e sinais gráficos (escrita). Os fonemas são as unidades sonoras que compõem o discurso ou a fala e são representados entre barras oblíquas (//). As letras, por sua vez, são os sinais gráficos que tornam possível a escrita. O Método alfabético ou soletração, o método fônico ou fonético e o método silábico fazem parte desse grupo. 

Já os métodos analíticos de alfabetização são aqueles que vão do todo para as partes, originando-se de unidades de significado: Palavra, sentenciação e método global.

Na minha experiência escolar e clínica, vejo resultados fantásticos a partir do método fônico ou fonético, esse método utiliza habilidades da consciência fonológica. Esse aspecto é relevante, pois muita gente pensa que para a criança aprender a ler e a escrever, basta apenas ensinar as letras soltas (A, B, C, D…).

Entretanto, o som da letra não é garantia de aprendizado. As crianças podem apresentar dificuldades. Elas tendem a mostrar problemas na hora de juntar as letras. Há casos cujos pais ou professores pensam que dando as letras, as crianças já aprendem a ler e escrever sozinhas. Mas não é assim. A letra é somente um dos aspectos que a criança aprende.

Sobre o método fônico ou fonético

Podemos nos questionar: Como funciona esse método? Quais as vantagens? E os riscos?

Como funciona: Há várias maneiras de apresentar os fonemas as crianças, partindo de palavras significativas ou relacionando uma palavra a uma imagem e a um som.

Vantagens: Ao aproximarmos fonemas e grafemas, esse método estabelece relação em parte direta entre a escrita e a fala. Digo em parte, porque nossa língua não é de todo transparente, ou seja, temos letras que podem ser representadas por um vários sons, assim como temos sons que podem ser representados por mais de uma letra.  De qualquer forma esse método torna possível a codificação e a decodificação dos textos com maior significado. 

Riscos: Na nossa língua, as relações entre letras e os sons variam muito. Uma mesma letra pode apresentar diferentes sons e vice-versa, na língua portuguesa não há linearidade para todos os sons-letras, conforme já colocado acima, tendo a criança que se apropriar das regras ortográficas para saber grafar adequadamente determinadas palavras.

Até a próxima!

Fernanda Andrade dos Santos

Neuropsicopedagoga

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