A escrita é um processo simbólico que possibilitou o homem expandir suas mensagens para muito além do seu próprio tempo e espaço. A princípio a escrita era utilizada somente para o registro de informações importantes e era reservada a uma elite seleta, nos dias de hoje é completamente diferente e é pré-requisito básico para a formação do ser humano. O papel da escrita na formação do ser humano é muito mais profundo do que se pensa, é a porta de entrada para a cultura, saber tecnológico, científico, etc.
“Como a escrita é uma função culturalmente mediada, a criança que se desenvolve numa cultura letrada está exposta aos diferentes usos da linguagem escrita e a seu formato, tendo diferentes concepções a respeito desse objeto cultural ao longo do seu desenvolvimento”.
(OLIVEIRA, 1995, p.68).
Hoje em dia a escrita é bem usada no nosso dia a dia, e é muito importante, pois estamos cercados de informações, letras e números. A escrita é a prática de algo que foi recebida pela informação que nos chegou através de uma simples leitura de um livro, de uma placa, de um outdoor, ou que foi recebida por escutarmos um noticiário de um rádio, de um televisor ou televisor ou mesmo ouvir uma notícia de alguém. Escrever é importante, pois deixa a mente fluir, deixando nosso pensamento no papel, falando sobre algum assunto que aconteceu ou está acontecendo.
“O ensino da escrita não pode ser tratado como uma questão técnica; a escrita precisa ser apresentada à criança como um instrumento cultural complexo, um objeto da cultura que tem uma função social”.
(MELLO, 2006, p. 183).
O meio escolar é um espaço incentivador que propicia a escrita infantil, as crianças estão na escola para aprender. A construção da escrita acontece geralmente com muitos ‘erros’ pelo lado das crianças, e esses erros tem papel importante no processo de aprendizagem, onde o adulto tem papel de mediar esse processo, de ensinar e auxiliar a mesma, de forma construtiva. Lembrando que errar faz parte desse processo, de aquisição da escrita e da vida, é natural, faz parte do processo biológico da vida. E esses tipos de erros fazem parte do crescimento e evolução da criança.
Os professores devem criar necessidades de escrita para as crianças, devem estimular as crianças a compreender textos, interpretá-los, e a levantar hipóteses sobre eles. Além disso, deve-se incentivar os alunos a usar a criatividade e desenvolver seus próprios textos, sejam eles sobre qualquer assunto. Somente desta maneira o aprendizado da escrita se dá por completo e não se torna um processo maçante, mecânico e sem propósito.
“A escrita registra nosso desejo e necessidade de comunicação e expressão; a vivência de experiências significativas cria necessidades de expressar-se e comunicar-se.”
(MELLO, 2006, p. 183).
Nessa visão, se entende a importância da escrita, por manter um vínculo entre o leitor e o escritor de maneira viva criando uma relação de pensamento a ser questionado pelos envolvidos, trazendo uma expectativa de troca de informações e conhecimentos.
E que tal dicas para auxiliar a criança no desenvolvimento da escrita?
O primeiro passo é a TRANQUILIDADE, não se apresse e nem faça comparações de escrita com outras crianças. Cada criança tem seu tempo para escrever e desenvolver com mais formalidade a escrita. O aprendizado deve ser feito por elementos e momentos lúdicos, que envolvem o contato com literaturas, com noticiários, com experiências prazerosas e o mais importante, ter essa VIVÊNCIA no ambiente familiar.
DICA: Uma maneira divertida de trabalhar a escrita é são as apresentações. Você pode pedir que a criança crie um texto e o dê vida, como em um teatro, um vídeo ou até mesmo em um desenho, para ilustrá-lo. Isso dará mais significado para a produção textual feita pela criança.
Fernanda Andrade dos Santos
Psicopedagoga
Referências:
MELLO, Suely Amaral. A. A apropriação da escrita como um instrumento cultural complexo. In: Vigotski e a Escola atual: fundamentos teóricos e implicações pedagógicas. Araraquara,SP: Junqueira & Marin, 2006.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. História pessoal e intelectual. In: Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1995.
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