Sabe-se que envelhecer faz parte do processo natural de todo ser humano. Há quem não se preocupa com isso. Há quem viva buscando evitar ou esconder as marcas de expressão que aparecem no corpo ao longo da idade. Costumo fazer esse questionamento sempre aos meus pacientes, pois apesar de envelhecer não ser uma escolha, envelhecer de forma saudável e com qualidade de vida é. 

E você, como quer envelhecer?

O Brasil atualmente apresenta um número elevado de idosos e o crescimento desse número é inevitável em função das mudanças sociais. Com o aumento da expectativa de vida da população brasileira, o país teve seu perfil demográfico transformado. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaIBGE o país se tornará idoso em 2029, ou seja, haverá mais idosos do que jovens no Brasil.

Diante deste cenário, a palavra envelhecimento passou a fazer parte dos noticiários diariamente.

Mas o que realmente é o envelhecimento?  

A definição é clara e objetiva: “envelhecimento é processo de diminuição orgânica e funcional, não decorrente de doença, e que acontece inevitavelmente com o passar do tempo”. (ERMINDA, 1999, p. 43).

O aumento do número de idosos indica também que há uma melhora na qualidade de vida dos brasileiros, que as pessoas demonstram maior preocupação com alimentação saudável e a busca por exercícios físicos. Esse aumento da população idosa também traz consigo o aumento na demanda do serviço de saúde, como por exemplo conhecer, reconhecer, monitorar, acompanhar e avaliar as necessidades de saúde das pessoas idosas, considerando sua capacidade funcional e a heterogeneidade dos processos e fisiologia de envelhecimento natural.

Pensando nisso, em 2018 o Ministério da Cidadania lançou a Estratégia Brasil Amigo da Pessoa Idosa, um programa do Governo Federal com objetivo levar qualidade de vida e promover o envelhecimento saudável e ativo a idosos em todo o país. O programa possui bases conceituais a fim de promover a liberdade de escolha, possibilitando o pleno exercício de direitos e otimização de oportunidades para terceira idade, expansão da capacidade funcional e garantia do bem-estar.

Essa preocupação existe em consideração a muitos estudos já realizados com esse tema. Os resultados mostram que o sedentarismo limita a independência do idoso nas atividades de vida diária e no convívio social. Já é consenso que a prática regular de exercícios físicos aliados a outras estratégias visando saúde e bem estar são determinantes para diminuir os efeitos indesejados do envelhecimento. Além de manter a capacidade de um bom desempenho funcional e de prevenir distúrbios da marcha (quedas ou alterações na hora da caminhada), manter-se ativo e saudável auxilia no equilíbrio em idosos.

Portanto, cada profissional da área da saúde tem um papel fundamental quando falamos de envelhecimento populacional.

Quando começamos pensar em como queremos envelhecer, somos capazes de perceber que desde cedo que existem profissionais capacitados para nos ajudar nas mais diferentes áreas. Profissionais da educação física, nutricionistas e psicólogos podem ajudar nesse processo visando a prevenção de doenças, quedas, alterações alimentares, e quaisquer outras necessidades decorrentes do envelhecimento natural. O processo entre a vida adulta e o envelhecimento merece cuidado! Leia mais aqui.

E quando a terceira idade chega, outros profissionais podem ajudar melhorando a qualidade de vida, como os fonoaudiólogos e fisioterapeutas. Leia mais aqui.

Diariamente encontramos diversas ações destinadas a promover o envelhecimento ativo, saudável, sustentável e cidadão da população. Além das ações já existentes principalmente com as pessoas mais vulneráveis. Então diante do exposto, novamente eu te pergunto, como você quer envelhecer?

Até mais,

Grazielle Muniz Gobetti

Fisioterapeuta

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