Alimentar, fazer dormir, colocar no banho, vestir, levar a escola, impor limites, ser afetivo, ensinar regras, etc… A lista é longa quando falamos sobre as tarefas dos pais com seus filhos. Seja enquanto eles são bebês, seja quando crianças ou adolescentes. Sempre há funções que os pais precisam cumprir para que os filhos cresçam da melhor maneira possível. E diante de tanta coisa para ser feita, você acha que é possível ter sucesso em tudo isso sem ajuda?

Pedido de ajuda

Respondo a pergunta anterior: não! Não é possível educar uma criança sem suporte. Acredito que você vai concordar comigo, e te explico os motivos: quando uma criança nasce, geralmente algum familiar vai prestar os primeiros cuidados para com ele e a mãe. Na hora de iniciar a alimentação se pede sugestões para nutricionista ou médicos. Quando o bebê tem dificuldade para dormir, pergunta-se aos colegas, pais, vizinhos estratégias para ter sucesso. Ou seja, em diversos momentos da vida, os pais solicitam auxílio para diferentes pessoas ou profissionais.

Rede de apoio

Esse movimento dos pais de pedirem auxílio quando se veem em dúvida ou não sabem o que fazer, é o que chamo de acionar a rede de apoio. Os familiares, amigos, vizinhos, padrinhos, enfim, todos que estão por perto e auxiliam nesses momentos, funcionam como uma rede de apoio aos pais. Por vezes, quando não se tem essas pessoas por perto, ou mesmo tendo, os pais também acionam uma rede de apoio profissional. Tais profissionais podem ser uma babá, uma professora da escola, o pediatra, a psicóloga, um nutricionista, etc. Independente de ser paga ou não, o movimento dos pais de procurarem ajuda demonstra uma preocupação, cuidado e reconhecimento de seus limites e do quanto ninguém dá conta sozinho de ser pai e mãe. 

Ajuda é sinal de fraqueza?

Os pais que reconhecem suas dificuldades, e se abrem para pedir ajuda, são pais mais fortes e conscientes, do que aqueles que entendem que conseguem sozinhos. Ser pai e mãe solo é muito difícil. Mesmo que seja um casal junto, ainda assim, a tarefa  é desafiadora. E ao contrário do que muitos pensam, pedir ajuda não é sinal de fraqueza, ou indício de ser um pai ou mãe ruim. Pelo contrário, é um sinal da potencialidade desses pais que estão buscando o melhor para seus filhos e famílias.

Apoio emocional

Além do apoio físico, social e financeiro, quero também apontar a importância de um apoio emocional para os pais. As inseguranças, medos, expectativas e todas as questões psicológicas que envolvem a parentalidade pode ser melhor equilibrada quando se pode falar sobre elas, compartilhar, pensar juntos e construir outros recursos de enfrentamento. Na minha prática profissional, acompanhei muitos pais que passaram a desenvolver melhor suas tarefas depois de receber apoio emocional, seja profissional, de um psicólogo/psiquiatra, seja de rede de apoio de amizade/família/amigos. 

E você, pai e mãe, que me lê, já havia pensado por essa perspectiva? Quem mais lhe auxiliou em suas práticas parentais? Divide conosco sua história e vamos fazer desse espaço uma ampliação de sua rede de apoio.  

Até breve, 

Tamara do Nascimento

Psicóloga

CRP 12/14207

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