Existem diferentes maneiras de lidar com uma crise comportamental e cada indivíduo possui uma história de vida única, não existindo a possibilidade de enquadrar todos dentro de uma mesma orientação de manejo. Mas há alguns pontos comuns que podem ser considerados durante a prevenção e manejo de crises comportamentais.

Podemos agir antes e depois da crise, mediando possíveis situações que podem desencadear a crise, como:
– Ensino de comunicação suplementar ou alternativa;
– Evitar exposição a estímulos que causam desconforto;
– Usar de itens de preferência durante as demandas;
– Reduzir a demanda se necessário;
– Não forçar a pessoa a fazer algo que não quer;
– Usar itens de autoregulação.

Lembre-se de reforçar comportamentos menos prejudiciais, por exemplo dando brinquedos, atenção e outros meios da preferência do indivíduo, a fim de ensinar habilidades de autocontrole e prevenir aceleração de crise.

Mas e durante uma crise?
Durante uma crise comportamental poucas coisas podem ser feitas. Manter a segurança de todas as partes é primordial, especialmente se uma pessoa possuir comportamentos auto-lesivos e hetero agressivos.

Devemos de todas as formas impedir que a pessoa se machuque, deixando um ambiente seguro, removendo possíveis materiais cortantes, objetos e móveis que possuem quinas, mantendo a pessoa longe de vidros e espelhos, e isso também se aplica a comportamentos heteroagressivos, isto é, quando o indivíduo apresentar comportamentos que machucam pessoas ao redor dele.

Também deve-se evitar falar muito com a pessoa nesse momento, pois o seu limiar cognitivo pode ser muito menor e existem muitas informações concorrentes nesse momento, e dessa forma se você pedir para seguir as instruções, a pessoa dificilmente responderá, e muitos estímulos podem aumentar o tempo de crise.

E o mais importante: as terapias devem estar em dia, seja a ABA, integração sensorial, Fonoaudiologia, entre outras. Se estiver em intervenção com terapia ABA, o seu terapeuta deve criar planos de intervenção para diminuir estes comportamentos e a comunicação deve ser clara entre todos os envolvidos. É um trabalho gradual e precisa da ajuda de toda a família e equipe multidisciplinar para que funcione e novos comportamentos sejam estabelecidos.

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