Quando queremos obter ganho de habilidades ainda ausentes em pessoas com TEA, montamos um plano de intervenção de acordo com a singularidade daquela pessoa. As estratégias utilizadas para o ganho desses repertórios, podem ser estratégias estruturadas (DTT), incidentais ou naturalistas.

Hoje falaremos sobre as estratégias naturalistas, visando o aumento de repertório comportamental por meio desse tipo de ensino.

Por meio dessa estratégia, planejamos o ambiente terapêutico o mais reforçador e o mais próximo possível do ambiente natural do atendido, priorizando sua motivação para ensinarmos repertórios ausentes. Por exemplo, se houver o objetivo de ensinar uma criança a emitir pedidos, e essa mesma criança possuir alta preferência por bonecas, podemos iniciar esse ensino utilizando da boneca como recurso, para trabalhar a habilidade de emitir pedidos.

A sessão e as atividades propostas, serão planejadas por meio de recursos reforçadores, tornando a atividade prazerosa, e consequentemente, aumentando o engajamento da criança em propostas relevantemente terapêuticas. É importante destacar, que todos os profissionais envolvidos no processo de intervenção como psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, entre outros, podem planejar o atendimento com esse viés de ensino.

Contudo, consideramos que a criança é única, e a aplicabilidade irá depender das preferências e características singulares de cada indivíduo atendido.

A ideia principal é que a sessão seja planejada de forma mais natural possível e mais próxima da “vida real”, onde a criança esteja motivada na sessão, e o terapeuta siga essa motivação para criar oportunidades de aprendizado, tornando o atendimento um lugar em que a criança sinta-se relaxada, engajada e feliz, enquanto adquire habilidades comportamentais essenciais para sua vida.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.