Desenhos animados há muitos anos são um recurso de entretenimento para crianças e para os pais uma oportunidade para que a criança permaneça durante algum tempo envolvida com a tela e descanse enquanto os adultos fazem alguma outra atividade necessária. Até aí tudo bem.

O que muda é que na época em que só tínhamos como opção os televisores e a programação aberta, nós precisávamos aguardar o horário em que o nosso desenho preferido iria passar. Não era possível ir direto para a parte do episódio que desejávamos, tão pouco era possível pular anúncios ou avançar para o próximo episódio.

Essas e muitas outras coisas são consequência da evolução tecnológica, que assim como tudo o que existe, apresenta pontos positivos e negativos ao desenvolvimento.

Mas, afinal, assistir desenhos animados ajuda a criança a falar?

A resposta é: sim e não.

A resposta é SIM quando a criança tem um adulto disponível para interagir junto com ela durante o desenho, mostrar os pontos importantes, incentivar a imitação de um som, palavra ou até mesmo movimento, quando os adultos ajudam a criança a construir relações entre o que ela está vendo e experiências prévias, quando os desenhos são selecionados por adultos e contém enredos educativos e adequados para a faixa etária, quando o tempo de exposição é controlado e, principalmente, quando o desenho não é uma ferramenta sempre que ocorre um conflito ou quando se deseja gerenciar o comportamento da criança.

A resposta é NÃO quando a criança é exposta aos desenhos sem critério e controle, quando o desenho não apresenta personagens falantes e um roteiro que estimule habilidades infantis, quando a criança fica em frente à tela de forma totalmente passiva. E como já mencionamos, outras habilidades cognitivas que estão em desenvolvimento acabam não sendo trabalhadas, como aprender a esperar, aprender a lidar com frustrações, aprender a controlar os impulsos, entre outros.

Observando esses pontos fica muito claro que a tecnologia não é um inimigo que deva ser combatido. Ao contrário, deve ser utilizada na idade correta, de forma gradativa e com sabedoria, com o intuito de estimular as habilidades que são adequadas em cada idade.

Vale lembrar que a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que a criança não seja exposta às telas antes dos 2 anos de idade e que após essa faixa etária o tempo seja controlado e ampliado gradativamente.

E se você tem alguma dúvida sobre como estimular o desenvolvimento da linguagem e da fala da sua criança, procure um fonoaudiólogo ou profissional especializado em desenvolvimento infantil para lhe auxiliar.

Espero que tenham gostado!

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