Essa é uma das primeiras perguntas que ouço em almoços e encontros quando me perguntam qual é a minha profissão. E logo em seguida percebo que a maioria das pessoas compreende que começar a falar significa nomear alguma coisa usando uma palavra. Mas não é bem assim que acontece.

Uma criança “começa a falar” logo que ela nasce e utiliza o choro para expressar seus sentimentos. Naquele momento essa é a única forma de “falar” que ela conhece. Aos poucos, os adultos que convivem com ela passam a dar sentido para cada tipo de choro, e a criança vai especializando a sua comunicação. Além disso, é o ambiente que ensina para a criança o nome das coisas e que cada forma/objeto existente no mundo tem uma representação sonora que o denomina.

Conforme a criança cresce, observa o mundo ao seu redor e recebe estímulos, ela vai formando o que chamamos de linguagem receptiva, isto é, a capacidade de compreender aquilo que se escuta e se vê, integrando e formando sentidos em sua cognição. Enquanto isso, a criança começa a explorar seus órgãos fonoarticulatórios, tentando produzir alguns sons, ainda sem o objetivo de nomear alguma coisa.
Se refletirmos com calma, seremos capazes de perceber que a criança precisa de um bom tempo apenas “recebendo” informações e formando sua linguagem receptiva, até que esteja pronta para externalizar, ou seja, para falar propriamente, articulando uma palavra.

Em crianças com desenvolvimento típico as primeiras palavras são esperadas por volta dos 12 meses. Nessa idade, espera-se que a criança seja capaz de articular pequenas palavras, ainda com omissões de sons e com “erros” de pronúncia, como “mama” para ‘mamãe’ ou “bóa” para bola, por exemplo. E espera-se que assim que a criança inicie as emissões, que ela siga progredindo tanto na qualidade da produção das palavras quanto na quantidade de palavras emitidas.

Se a sua criança está nesta faixa etária e ainda não falou suas primeiras palavrinhas, procure orientação especializada de um fonoaudiólogo.

Até breve,

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