Após o leite materno, nenhum outro alimento é tão completo em termos nutricionais quanto o ovo. Um dos nutrientes fundamentais deste alimento é a colina, vitamina pertencente ao complexo B e que desempenha papel crucial para que o organismo funcione de maneira adequada.

A colina é nutriente essencial para produção de fosfolipídio, um constituinte da membrana celular. Também é precursora de neurotransmissores que auxiliam no metabolismo de gordura, colesterol e nos circuitos neuronais relacionados à memória.

A importância da ingestão adequada de colina destaca-se pelo papel desempenhado nas funções cerebrais e do sistema nervoso em todas as faixas etárias. No desenvolvimento fetal relaciona-se à redução do risco de defeito no tubo neural e na formação do centro cerebral da memória, cujo desenvolvimento determinará a futura estrutura e função cerebral em idades mais avançadas.

A colina é importante e eficaz para o desenvolvimento neurocognitivo em todas as faixas etárias: gestantes, lactentes, crianças, a adultos e idosos. Dietas alimentares que incluem a vitamina estão diretamente associadas ao aumento do foco em atividades intelectuais, como os estudos, e em maior animação e disposição para a prática de exercícios físicos.

A gestação e a lactação são períodos onde a reserva maternal de colina encontra-se empobrecida. Ao mesmo tempo, a disponibilidade de colina para o desenvolvimento normal do cérebro é crítica. Estudos indicam que a colina tem um papel no desenvolvimento da memória, portanto ingestão de colina durante a gravidez pode ser importante no desenvolvimento do cérebro.

Bebês têm uma grande necessidade de colina devido a seu crescimento e desenvolvimento cerebral e depende do consumo de colina. Ingestão adequada deste nutriente na dieta entre o 16º e o 30º dia pós-parto pode aumentar a função cerebral ao longo da vida. Grande parte do nutriente necessário é derivada de apenas do leite materno, o qual contém uma alta concentração de colina. 

Outra função de grande importância deste nutriente é a proteção hepática.  Ela tem a capacidade de mobilizar gorduras do órgão, diminuindo o depósito ou acelerando a remoção de gordura no fígado. Assim, a colina protege contra a o acúmulo irregular de gorduras, evitando, por exemplo, a esteatose hepática. 

É válido ressaltar que a colina também é encontrada em fontes vegetais, estando acessível para quem tem dietas restritas de proteína animal ou que seguem a prática vegetariana. Alguns destes alimentos são:  brócolis, quinoa, couve-flor, e farelo de aveia.

Um ovo possui, em média, 125 mg de colina e isto significa que é um alimento rico em colina. Aliado a outros benefícios já comprovados para a saúde, este dado atesta que o ovo é fundamental para a alimentação diária. O consumo de um a dois ovos por dia (125 a 250mg) melhora a ingestão do nutriente, atendendo quase que integralmente às necessidades da faixa etária de crianças até 6 anos e a 50% do recomendado às demais idades.

Para um bom desenvolvimento cognitivo é necessário além de uma dieta equilibrada, o consumo adequado de água, uma boa noite de sono, outros alimentos ricos em boas gorduras como o coco, o abacate e as oleaginosas. Também o salmão e/ou sardinha ricos em ômega 3, ajuda a promover uma saúde  boa saúde aos neurônios. 

Confira abaixo a recomendação deste nutriente por faixa etária: 

C:\Users\Elisa\Desktop\Colina.jpg

Até breve,

Elisa de Espíndola

Nutricionista

2 respostas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *